Rondinelli - "Mitos do Flamengo"

Antônio José Rondinelli Tobias-

A Torcida do Flamengo sempre exigiu Raça dos seu times. Não importa o quão limitado seja um jogador, ele pode cair no gosto da Nação Rubro Negra pelo fato de se entregar em campo e de respeitar a camisa. Ninguém encarnou tão bem a "Raça" do Flamengo quanto Rondinelli, por isso mesmo chamado de "Deus da Raça".

Rondinelli chegou ao Flamengo em 1974 e, após dois anos disputando posição, firmou-se como titular absoluto.

Porém, foi somente em 1978 que o nome de Rondinelli entrou definitivamente para história do clube. Na final do Campeonato Carioca contra o Vasco, em uma cobrança de escanteio a favor do Flamengo, aos 41 minutos do 2ºtempo, o zagueiro deu um pique do meio-de-campo até a área adversária e, com uma cabeçada que mais parecia um chute, marcou o gol do título rubro-negro.Daí por diante, o jogador passou à condição de ídolo da torcida rubro-negra, que o imortalizou com o apelido de "Deus da Raça".

Borgerth - "Mitos do Flamengo"

Alberto Borgerth-

Nasceu em 3 de Dezembro de 1892, no Rio de Janeiro à Rua Barão de Guaratiba, 57, bairro da Glória.

Filho do Dr. José de Siqueira Alvares Borgerth (Advogado - Chefe de Segurança de D. Pedro II {segundo reinado} e Procurador Geral dos Feitos da Fazenda) e de D. Fánni Maria Borgerth.

Em 1906 remou pelo Clube de Regatas do Flamengo e jogou futebol no Rio Futebol Clube, espécie de juvenil do Fluminense. Começou a jogar no Fluminense em 1911, porém após desentendimento com a diretoria tricolor pediu demissão, e junto com os colegas ajudou a fundar o futebol no Flamengo no ano seguinte.

Foi Bicampeão de futebol e vice campeão de remo pelo Flamengo.

Faleceu em 25 de Novembro de 1958 no Rio de Janeiro em sua residência, à Rua Alexandre Ferreira, bairro do Jardim Botânico. Seu corpo foi velado no Clube de Regatas do Flamengo, salão nobre da sede situada no Morro da Viúva. O Féretro seguiu para o cemitário de São João Batista, onde foi sepultado no túmulo de sua família. Durante o cortejo, o caixão foi coberdo com a bandeira do Flamengo.

Seu nome está no panteão dourado dos heróis Rubro-Negros por ser um dos principais responsáveis pela existência do futebol no Clube de Regatas do Flamengo.

Coutinho - "Mitos do Flamengo"

Cláudio Pecego de Moraes Coutinho-

Nascido na cidade de Dom Pedrito-RS, no dia 5 de Janeiro de 1939, chegou ao Rio de Janeiro bem pequeno, e mesmo seguindo carreira militar, já demostrara interesse pelo esporte. Treinou o Fla de 1976-1977 e 1978-1980, e foi Tricampeão Estadual em 1978-1979-1979, e Campeão Brasileiro em 1980, e, de certa forma, foi o "criador" do supertime que seria Campeão Mundial Interclubes em 81, já sob o comando de Paulo César Carpegiani, pois Coutinho, magoado com a direção do clube, havia saído da Gávea rumo ao futebol norte-americano.

No rubro-negro, obteve sucesso ao misturar seus avançados conhecimentos táticos com o talento individual abundante naquele fantástico time, conseguindo montar um dos maiores esquadrões da história do nosso futebol, um raro caso de uma equipe completa.

Exímio mergulhador, no dia 27 de novembro de 81, praticava um de seus hobbies, a pesca submarina nas Ilhas Cagárras, arquipélago próximo a Praia de Ipanema, quando morreu afogado, aos 42 anos.

Zagallo - "Mitos do Flamengo"

Mário Jorge Lobo Zagallo-

Nascido em 9 de Agosto de 1931, na cidade de Maceió-AL, foi jogador das categorias de base do Flamengo, e atuou nos profissionais de 1953 a 1958, participando de 205 partidas.

Ao lado de craques como Evaristo, Dida e Joel, formou no Flamengo um ataque que manteve uma hegemonia no futebol carioca durante a década de 50.

Foi tricampeão carioca no Rubro-Negro, e essas conquistas fizeram com que o Lobo ganhasse uma vaguinha na Seleção Brasileira, onde fez história como jogador e treinador, pois é o único tetracampeão mundial de futebol por uma Seleção.

E, como o bom filho à casa torna, 46 anos após conquistar o tricampeonato carioca como jogador, Zagallo voltou ao Flamengo para dar à Nação Rubro-Negra um dos mais emocionantes títulos já conquistados na história do Clube: o tricampeonato sobre o arqui-rival Vasco, em 2001.

Série "Mitos do Flamengo"

A série "Mitos do Flamengo" tem como objetivo o resgate, resgate este que passa pelo enaltecimento de verdadeiros heróis, que suaram a camisa, e deram o seu máximo enquanto estiveram representando este grande clube.
Não importa o resultado, quem venceu, quem perdeu, aqui o que interessa é o amor destes homens e mulheres por uma camisa tão linda quanto poderosa. Como se um torcedor, num sonho real, pudesse impedir um inevitável gol adversário com seus pés, ou então, numa viagem fantástica, pudesse fazer um gol em pleno Maracanã, vestindo o Manto.
A glória do Clube de Regatas do Flamengo é lutar, e é por isso que nossa torcida comemora um carrinho como se fosse um gol, e não estou falando de violência ou imprudência no campo, falo de raça, dedicação, disposição e amor, que o Flamengo demonstra em diversos exemplos, ao longo de sua história.
Você, como amante do futebol, do basquete, do vôlei, do atletismo, da ginástica, da natação, do judô, e dos demais esportes presentes no cotidiano flamenguista, está convidado para participar deste resgate, e fazer com que esta história fique cada vez mais viva no coração de cada um de nós.

Saudações Rubro-Negras.

Jordan - "Mitos do Flamengo"

Jordan da Costa-

Nascido em 24/11/1932, no Rio de Janeiro, é o quarto jogador que mais vestiu a camisa do Flamengo em toda a história, e foi ídolo na Gávea por onze anos. Atuou no Clube de 52 a 63, tendo feito mais de 600 jogos.

Jordan era um talentoso médio-zagueiro revelado pelo São Cristóvão, conquistou o tri-campeonato carioca de 53 a 55 e o Torneio Rio São Paulo de 61 pelo Flamengo.

Ao lado de Jadir e Dequinha, formou uma linha média famosa que deu ao clube o tricampeonato. Outro fato positivo que marcou sua carreira é jamais ter sido expulso de campo.

Estreou no Fla em 27 de janeiro de 1952 na vitória por 3 a 1 sobre o Deportivo Cali, jogo amistoso realizado no Maracanã. Foi considerado por Garrincha seu melhor marcador.

Jordan pode ser considerado um papa-títulos, pois durante o período em que jogou no clube só não conquistou nenhum trófeu em 1960, conquistando em todos os outros anos ao menos uma taça para o clube. Aposenta-se em 1963 após a conquista do Campeonato Carioca.

Jordan é vivo até hoje, e recentemente foi homenageado pelo clube nas comemorações de 50 anos da conquista do Torneio Rio-São Paulo, ao lado de Carlinhos e Joubert.

Luisinho - "Mitos do Flamengo"

Luís Alberto da Silva Lemos-

Jogou pelo Flamengo durante três anos, atuando em 183 partidas e marcando 82 gols, ou seja, foi um goleador por vocação.

Esta é a trajetória de Luisinho Lemos no Flamengo. Artilheiro nascido (3 de Outubro de 1951) na cidade de Niterói-RJ, jogou no Clube de Regatas do Flamengo entre 1975 e 1977.

Irmão de Caio Cambalhota e de César Lemos, outros centro-avantes que fizeram história no futebol brasileiro.

Luisinho "Tombo" jogou ainda com destaque no Internacional, no Botafogo e no Palmeiras. Ainda atuou em outros países, como na Espanha, México e Catar.

Lembrado pelos gols, numa época em que o Flamengo não conquistou títulos expressivos.