Domingos - "Mitos do Flamengo"

Antônio Domingos da Guia-

Nascido no Rio de Janeiro em 19 de Novembro de 1912, foi o maior e mais reverenciado zagueiro da história do futebol brasileiro.

Fazia o que queria com a bola. Era um defensor inovador. Jogava sempre com a cabeça erguida e antevia os lances, fazendo com que a missão de driblá-lo fosse quase que impossível. Sempre saia jogando com classe e categoria, e não cometia muitas faltas.

Depois de passar por clubes como Nacional do Uruguai e Boca Juniors da Argentina, chega ao Flamengo, trazendo o apelido de "El Divino" na bagagem, cortesia dos jornais argentinos, para se consagrar definitavamente.

Foi com a camisa rubro-negra que Domingos se sentiu mais realizado. Em sete anos no Clube, fez 223 partidas, das quais perdeu apenas 39, e foi fundamental para três importantes conquistas do Fla: os campeonatos cariocas de 39, 42 e 43.

Faleceu em 16 de Maio de 2000, o "Divino Mestre".

Geraldo - "Mitos do Flamengo"

Geraldo Cleofas Dias Alves-

Chegou no Flamengo no início dos anos 70, com fama de marginal, e passou a morar na concentração do clube.

"Se vocês imaginassem como me sentia quando me chamavam de marginal! Vim para o Rio com 15 anos e comi o pão que o diabo amassou. Cheguei para a escolinha e fiquei morando ali no prédio que o Flamengo tem no Morro da Viúva. Ficava lá, longe da família, ganhando 50 cruzeiros por mês para tomar a condução."-Geraldo.

Logo se destacou e assumiu a titularidade do meio-campo com apenas 20 anos, por indicação de Zagallo, que gostou de seu futebol, Zico não passava, até então, de mero coadjuvante. O nome de Geraldo aparecia nos jornais como o de uma grande promessa.
Na fase final do carioca de 1974, foi um dos grandes destaques.

Para muitos, melhor que Zico, driblou quase tudo na vida, menos o destino, uma simples e mal sucedida operação de amídalas abreviou a vida dessa promessa rubro-negra, que estará sempre na memória do futebol brasileiro, o assoviador.

Pavão - "Mitos do Flamengo"

Marcos Cortez, o Pavão-

Zagueiro-central do Flamengo, de 1951 a 1958, nasceu em Santos, no dia 4 de janeiro de 1929, começou a carreira na Portuguesa Santista, no começo dos anos 50, e encerrou no Santos, no início da década de 60.

No Fla, Pavão fez 348 jogos, entre 1951 e 1958, obtendo 222 vitórias, 67 empates e sofrendo 59 derrotas. Marcou apenas cinco gols (Dados tirados do Almanaque do Flamengo, de Roberto Assaf e Clóvis Martins).

Fez parte do timaço do Flamengo tricampeão carioca em 1955, sob a direção do paraguaio Fleitas Solich, conhecido como "Feitiçeiro": Chamorro, Tomires e Pavão; Jadir, Dequinha e Jordan; Joel, Rubens, índio, Evaristo e Zagallo.

A galera do mengão chegava ao Maracanã com certeza de mais uma vitória do "rolo compressor", e cantava dessa forma:

"Flamengo joga amanhã e eu vou pra lá, vai haver mais um baile no Maracanã. O mais querido tem Índio, Dequinha e Pavão, eu já rezei pra São Jorge, pro mengo ser campeão!..."

Falecido no dia 7 de Maio de 2006.

Espanhol - "Mitos do Flamengo"

José Armando Ufarte Ventoso, o Espanhol-

Nascido na Espanha, na cidade de Pontevedra, em 17 de maio de 1941, e criado no Brasil, iniciou-se nas divisões de base do Clube de Regatas do Flamengo em 1958, formando-se como profissional em 1961, na posição de atacante.

Após curta passagem pelo Corinthians-SP, retornou ao clube de origem, onde acabou por jogar seu mais refinado futebol no ano de 1963, que foi o seu melhor ano pelo Flamengo.

Espanhol jogou 54 partidas pelo clube e marcou 9 gols no ano, sendo um dos principais jogadores na conquista do Campeonato Carioca daquele ano.

Em 1964 se transferiu para a Espanha onde jogou por 10 anos no Atlético de Madrid e disputou a Copa do Mundo de 1966.

Em 1974, passa a jogar no Racing Santander (então Real Santander) e lá encerraria a carreira, duas temporadas depois. Treinou a seleção sub-21 da Espanha.

Rio-SP de 1961 - " Mitos do Flamengo"

Torneio Rio São Paulo de 1961-







Uma equipe que mostrou a força da camisa vermelha e preta, e que contava com craques como Dida, Joel e Carlinhos. Este foi o time do Flamengo campeão do Rio-Sp de 1961, que era comandado por um dos maiores treinadores da história do Clube: Fleitas Solich. Vale ressaltar que durante a campanha, o Flamengo aplicou um 5x1 no Santos, com Pelé e cia.

CAMPANHA :

C.R. Flamengo 2 x 1 São Paulo (SP) 04/03/1961
C.R. Flamengo 3 x 2 Palmeiras (SP) 08/03/1961
C.R. Flamengo 1 x 7 Santos (SP) 11/03/1961
C.R. Flamengo 0 x 2 Fluminense (RJ) 16/03/1961
C.R. Flamengo 0 x 3 Botafogo (RJ) 22/03/1961
C.R. Flamengo 2 x 0 Portuguesa (SP) 25/03/1961
C.R. Flamengo 2 x 1 América (RJ) 29/03/1961
C.R. Flamengo 2 x 1 Vasco da Gama (RJ) 02/04/1961
C.R. Flamengo 0 x 3 Corinthians (SP) 08/04/1961
C.R. Flamengo 3 x 1 Palmeiras (SP) 16/04/1961
C.R. Flamengo 5 x 1 Santos (SP) 19/04/1961

Final:

Flamengo 2 x 0 Corinthians (SP)
Torneio Rio-São Paulo
23/04 - Estadio: Maracanã - Rio de Janeiro
Time: Ari, Joubert, Bolero, Jordan, Jadir, Carlinhos, Joel (Oton), Gerson, Henrique, Dida (Norival) e Germano.
Gols: Joel (7') e Dida (22').

Pirillo - "Mitos do Flamengo"

Sylvio Pirillo-

Nascido em 26/07/1916, e falecido na capital gaúcha em 22/04/91, foi um grande atacante com passagens por grandes clubes do Brasil. Quando encerrou a carreira, tornou-se treinador de sucesso.

Atacante goleador, destacou-se no Clube de Regatas do Flamengo, atuando de 1942 até 1947, onde é o quinto maior artilheiro até hoje: 201 gols (alguns defendem 207);

Recordista de gols em uma única edição do Campeonato Carioca, com 39 gols em 1941, Pirillo jogou ao lado de outros monstros sagrados como Zizinho, Perácio e Vevé, formando um ataque infernal, conquistando lugar cativo na galeria dos maiores artilheiros da história rubro-negra.

Conquistou o tricampeonato carioca de 1942, 43 e 44 pelo Flamengo.

Píndaro - "Mitos do Flamengo"

Píndaro de Carvalho Rodrigues-

Nascido em São Paulo, no primeiro dia de junho de 1892, fez parte do primeiro time de futebol do Clube de Regatas do Flamengo, atuando como defensor.

Campeão de 1911 pelo Fluminense, foi um dos que deixaram o tricolor para fundar o futebol Rubro-Negro e tornar-se uma lenda do clube.

Por não terem um campo ainda, pois até então o Flamengo tratava-se de um clube somente de regatas, os jogadores treinavam na rua, aos olhos e ao alcance dos populares, em um espaço cedido pela prefeitura, o que popularizou rapidamente aquele time.

Jogou pelo Flamengo de 1912 à 1922 em 82 jogos, com 52 vitórias, 15 empates, 15 derrotas, e três gols marcados, atuou também pela Seleção em oito jogos. Foi 4 vezes campeão carioca, em 1914, 1915, 1920 e 1921, pelo Flamengo.

Falecido em 30 de agosto de 1965, no Rio de Janeiro.

Rubens - "Mitos do Flamengo"

Rubens Josué da Costa-

De fibra e habilidoso, atuou no Flamengo entre os anos de 1951 e 1957 e fez parte da equipe vitoriosa no tricampeonato carioca de 1953 a 1955, sempre caindo pela meia direita, com sua camisa nº 8.

Por participar ativamente dos jogos, comandando a equipe, e dando verdadeiras aulas de futebol, ganhou o apelido de "Doutor Rúbis", o que demonstra a empatia com companheiros e torcida.

Chegou no Fla com apenas 23 anos, logo após a saída do Mestre Zizinho para o Bangu, o que lhe impugnou bastante desconfiança por parte de todos.

Porém logo em sua estréia, o meia demonstrou ao que venho, dando passes decisivos para os gols, e foi um dos grandes responsáveis por uma vitória histórica, de virada, por 2 x 1 contra o Vasco da Gama diante de um Maracanã lotado.

A partir daí, formou com Dequinha uma incrível dupla, que faria do Flamengo o campeão carioca em 1953, 1954 e 1955.