segunda-feira, 29 de junho de 2009

Algodão - "Mitos do Flamengo"


Zenny de Azevedo, o Algodão-

Nascido em 01/03/1915, em Realengo, bairro do Rio de Janeiro, foi um dos cinco maiores jogadores do basquetebol brasileiro em todos os tempos.

Maior ídolo do basquetebol do Flamengo, Algodão comandou a equipe rubro negra na histórica campanha do decacampeonato estadual (1951-1960). Esteve presente também na conquita do Tri Brasileiro em 1949, 1951 e 1953. Em 195 jogos disputados ganhou 189.

Considerado um símbolo de amor e dedicação ao basquete, Algodão nunca recebeu salários no Flamengo ou na seleção brasileira. Sempre manteve um estilo de vida simples e tranqüilo, sem nunca deixar Campo Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro, onde nasceu e cresceu.

Aos setenta e seis anos de idade, foi vitima de insuficiência múltipla dos órgãos e faleceu em março de 2001. O caixão, coberto com a bandeiras do Flamengo, foi levado para o cemitério da cidade onde nasceu e morou durante toda sua vida no carro do Corpo de Bombeiros.

OBS: Parabéns ao time de Basquete do Flamengo Bi-Campeão Brasileiro 2008/09.

sábado, 27 de junho de 2009

Moderato - "Mitos do Flamengo"


Moderato Wisintainer-

Nascido em 1903, este gaúcho de Alegrete foi um dos primeiros atacantes goleadores da história do Clube de Regatas do Flamengo.

Estreiou em 27/05/1923, numa goleada de 4 x 1 contra o Botafogo, e ficou durante 8 anos no clube da Gávea, marcado, ao todo, 27 gols com esta camisa. Jogou também pela seleção brasileira.

"Confesso que tristeza em mim é mato
Pois lembro dos áureos tempos
Do Amado, Penna, Hélcio e Moderato"

Ruy Castro lembra um episódio em particular do campeonato de 1927:

“Na partida mais dramática, contra o Vasco, vencida pelo Flamengo por 3 a 0, o ponta-esquerda Moderato jogou com uma cinta para protegê-lo da cirurgia de apendicite a que se submetera dias antes. A torcida só foi saber disso depois e, mais uma vez, a aura de heroísmo envolveu o Flamengo.

A idéia de que Moderato pudesse morrer em campo, com os pontos estourados e o sangue confundindo-se com o vermelho da camisa – tudo isso pelo Flamengo – era demais para o homem comum.”

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Fleitas - "Mitos do Flamengo"


Manuel Agustin Fleitas Solich-

Nascido no dia 30 de dezembro de 1901, este paraguaio, contratado pelo então recém-eleito Gilberto Cardoso e também conhecido como "O Feiticeiro", assumiu o time em 1953, que já tinha uma base formada pelo seu antecessor, Flávio Costa. A base consistia em: Garcia (goleiro), Pavão, Jadir e Jordan (zagueiros), Dequinha (armador), Joel, Índio e Benítez (atacantes). Mas o principal jogador e ídolo do time era Rubens, sucessor de Zizinho.

Em pouco tempo, ele revelaria jogadores que entrariam para a história do Flamengo: Dida, Zagallo, Evaristo, Paulinho, Duca e Babá. Jogadores que se tornariam peças chave no tricampeonato carioca, de 1953/54/55.

A chegada de Solich trouxe ao Flamengo uma nova concepção: a do futebol ágil, solidário, sem lugar para solos ou virtuosismos de bola presa, revolucionando o futebol brasileiro.

Fleitas Solich, foi o segundo técnico que mais comandou o Flamengo no futebol, só ficando atrás de Flávio Costa. E foi o terceiro técnico que mais conquistou títulos oficiais na história do futebol do Flamengo, foram cinco.

Falecido em 24 de março de 1984.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Zinho - "Mitos do Flamengo"


Crizam César de Oliveira Filho, o Zinho-

Nascido em Nova Iguaçu-RJ, no dia 17 de junho de 1967, esse habilidoso canhoto surgiu nas categorias de base do Flamengo entortando os laterais, iniciando sua carreira profissional em 1986, quando teve a oportunidade de atuar ao lado de Zico, Andrade e Leandro, entre outras feras do Flamengo.

Campeão Brasileiro de 1987 e 1992, este último com belíssimas exibições, bem como a Copa do Brasil de 1990 e o Campeonato Carioca de 1991, Zinho será sempre lembrado pelo torcedor por sua velocidade e astúcia pela ponta esquerda, por sua facilidade em comandar uma equipe, e pelo campeonato mundial de 1994.

Em 2004, aos 36 anos de idade, retorna ao Flamengo, onde conquista mais um título estadual, demonstrando seu instinto vencedor, na final contra o Vasco da Gama.

domingo, 21 de junho de 2009

Biguá - "Mitos do Flamengo"


Moacir Cordeiro, o Biguá-

Chegou à Gávea em 1941, e no início ficou meio constrangido no meio de tantos craques - Zizinho, Pirillo, Vevé, Domingos da Guia. Mas em pouco tempo ganhou a vaga de titular, conquistando os jogadores e a torcida com sua garra e simpatia.

Ao lado de todos aqueles astros, ganhou o primeiro tricampeonato do Flamengo. Além de eficiente na marcação, Biguá tornou-se um dos precursores dos laterais modernos, ao que apoiava muito o ataque. Houve partidas em que chegou a atuar na ponta-direita. Se lhe faltava altura, sobrava uma elasticidade fora do comum, além de uma perfeita colocação. Parecia que cada jogo era o último, lutava como um alucinado.

Apaixonado pelo Flamengo, chegou a aceitar um convite do Corinthians, mas desistiu minutos antes da viagem.

A despedida foi na tarde de 3 de novembro de 1953. O Flamengo ia jogar contra o Botafogo, e Biguá, depois de posar com todo o time, deu a volta olímpica e descalçou as chuteiras em pleno gramado, ao som dos aplausos.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Benítez - "Mitos do Flamengo"


Jorge Duílio Benítez Cândia-

Indicado pelo "feiticeiro" Fleitas Solich, este paraguaio nascido em 23/04/1927, na cidade de Yaguarón, carregou a camisa dez do Clube de Regatas do Flamengo com toda sua disposição e vontade, encantando os seus fãs.

Jogador de chegada, goleador, destacou-se no clube entre 1952 e 1956, por qual realizou 113 partidas, e fez 74 gols, conquistando o tri da década de 50.

Só não continuou mais tempo com a camisa 10 rubro-negra porque na mesma época surgiu um jovem garoto, rápido e habilidoso, que também marcou seu nome no Flamengo, este era Dida.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Reyes - "Mitos do Flamengo"


Francisco Santiago Reyes Villalba-

Nascido em 04 de julho de 1941, na cidade de Assunção, este paraguaio foi um dos jogadores mais simpáticos da história do clube.

Chegado do Atletico de Madrid, Reyes, como era conhecido, era aquele jogador sem similares, raça pura, a cara do Flamengo. Tinha excelente domínio de bola, sabia sair jogando muito bem, já que havia começado como meio-campista, e conquistou os torcedores por causa desta raça e da simpatia com a qual lidava com todos.

A classe e valentia de Reyes eram de tal ordem que, caso se naturalizasse brasileiro, iria para a seleção.

Reyes fez 196 partidas pelo rubro-negro, marcou 7 gols a favor e chegou a fazer um gol contra em uma derrota decisiva, o que não manchou sua grande carreira e seu status de ídolo do Clube de Regatas do Flamengo.

Além do Carioca de 1972, Reyes também conquistou três Taças Guanabara (1970, 72 e 73), além de jogar ao lado do Zico, no início de nosso grande ídolo.

Descobre que está com uma doença grave, a Leucemia, o que o fez retornar à Assunción, para ficar junto de sua família. Morreu aos 35 anos de idade, em 1974.

Muitos o escalam no Flamengo de todos os tempos.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Dida - "Mitos do Flamengo"


Edvaldo Alves Santa Rosa-

Nascido em 26 de março de 1934, em Maceió-AL, Dida estreou no Flamengo em 1954. Naquela tarde, a torcida do Flamengo suava frio. Num jogo duro contra o velho e tradicional rival, o Vasco da Gama, o técnico Fleitas Solich abusa de sua fama de feiticeiro e lança dois garotos na ala esquerda do seu ataque.

Os dois garotos eram Dida e Bábá. O Flamengo venceu por 2x1, e esta vitória iniciou a corrida do Flamengo rumo ao bi campeonato que um ano depois se transformaria no tri. Iniciou também o caminho da fama para Dida que se transformaria no maior artilheiro do clube da Gávea até a chegada de Zico.

Na final de 1955, contra o América, Dida foi o herói da partida, colocando 4 bolas para dentro das redes:

"Fiz gol até de orelha... Quando eu cabeceei, a bola resvalou na minha orelha e entrou. Fiz um gol de perna esquerda do bico da grande área que nem Perácio, que era tido como grande chutador, faria. Em mil chutes daqueles, normalmente eu não faria nenhum", declararia o homem que para alguns é o maior da história do Fla.

Gols marcados de todos os jeitos: de direita, de canhota, de cabeça, de letra (sua especialidade), de calcanhar, de peito e até de bunda. Seu controle de bola em alta velocidade, seus deslocamentos na área, seu senso de oportunidade (gols de virada, na corrida, chegando de surpresa), sua impulsão e sua mira nos dois pés eram um terror para qualquer defesa, e não serão esquecidos pelos corações Rubro-Negros.

Dida nos deixou em 17 de setembro de 2002.